sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Só um bocadinho para falar de música!

Eu já gostei muito! De música!
De cantar... de karaokes, de bandas, de concertos...
Eu também já estudei música e já cantei muito, em casa, na escola, na rua, em espetáculos, em concertos e em teatros... eu até já participei alguns programas de música de tv (qualquer dia coloco fotos) e... falando assim até parece que era uma grande cantora! Epa não, nem uma grande cantora,  nem uma vedeta, muito menos vedeta!
Em tempos a música já me fez muito feliz, já houve alturas em que pisava um palco e entrava num mundo em que tudo parava, em que o meu coração disparava e eu vibrava e não queria sair dali. Muito bom, mas ficou lá atrás, no tempo em que sentia as coisas doutra forma, hoje de vez em quando ainda canto ou quando é preciso, mas definitivamente não é a mesma coisa...
Houve um marco para que as coisas mudasse, foi natural... foi a altura em que a minha avó faleceu... uma parte de mim foi com ela, sempre disse que isso ia acontecer quando ela fosse embora, e aconteceu, senti isso na altura e hoje continuo a sentir... não a culpo absolutamente nada por isso claro, mas é que o meu amor por era tão, mas tão grande (ainda é) que não havia forma de ser diferente, e se ela gostava de me ouvir cantar... (meu amor amo-te tanto, tenho tantas saudades...) 
Eu não vou mais falar sobre isto, porque não me sabe muito bem... e claro que dou a volta e ando para frente, tenho muitas coisas que me fazem feliz hoje.
Mas a música deixei de a sentir como sentia, inclusive não ouço tanto como ouvia e até no carro não gosto de ligar o rádio...
Isto só para contar um bocadinho da minha história, eu já gostei (gosto) de música, e ela já teve um tamanho "grande" na minha vida, gostava de cantar, ainda gosto, era afinadita, desenrascava-me! E hoje à procura de umas coisas que precisava para trabalhar, encontrei isto que vos deixo. Partilho convosco um bocadinho do que já me fez muito feliz.
 
 
Hoje são outras a coisas que me fazem sentir feliz, porque o sou, MUITO!
  

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tia F

Eu tenho uma tia. Eu tenho mesmo só uma tia, a minha mãe só tem uma irmã, portanto eu só tenho uma tia (a sério), sempre foi assim que a defini, com o meu pai passa-se o mesmo, tem um irmão e por isso também só tenho um tio. Depois tenho outras tias e tios em 2º e 3ª graus e por aí fora.

Mas hoje vou falar da minha tia, a minha tia F que hoje, mora longe e para além de morar longe, está longe devido a alguns conflitos familiares. Desde que nasci até hoje passaram-se muitas coisas, como é obvio, boas e más, como acho que acontece a todos, até aqui nada de novo. A diferença é mesmo que, estando longe sempre me senti muito ligada a ela.
Mesmo morando longe ela sempre esteve presente na minha vida. Mas à medida que o tempo foi passando, tudo se foi modificando e ela ficando mais afastada... sobretudo nos últimos 10 anos...
Quando eu era pequena e ela vinha passar os fins de semana a casa dos meus avós, para mim era uma festa, ela, o meu tio e a minha prima, passeávamos pelo casal, apanhávamos pirilampos, comíamos figos, gritávamos, brincávamos... tantas coisas... encontrávamo-nos nas férias, eu ía para casa dela, chegamos mesmo a passar férias juntas, eu sonhava com as visitas dela...e muitas vezes sonhava que ela vinha, no dia a seguir perguntava a minha avó e ela dizia-me "sim, a tia vem hoje", era uma alegria enorme, alegria que ficou lá atrás naquele momento e que ninguém ma tira.
Entretanto o meu tio faleceu, os meus avós faleceram e ... houve muita mágoa a mistura... Ela afastou-se, eu afastei-me... mas não quero... sinto muito a falta dela, da minha tia F...
Quero muito visitá-la, é uma pessoa com defeitos, como eu, e como todos, mas que eu sempre admirei. Tenho saudades de conversar com ela, de rir com ela, de estar com ela.
Espero voltar a estar, espero conseguir fazer um buraquinho nesta barreira, e ter um bocadinho dela comigo, outra vez.

A tua "Russa".

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Obrigada!...

Agradeço a Deus tudo o que tenho.

Cruzo-me muitas vezes com pessoas, que me deixam triste, com um nó cá dentro, que me deixam a pensar como conseguem "sobreviver" a toda uma avalanche de "problemas" que lhes surge todos os dias com o nascer do dia. Confesso que quando vejo uma criança com "menos" do que para mim é suposto, sinto como se me estivessem a dar vários socos seguidos no estômago... porquê seguidos? Porque começo a pensar em soluções e não as encontro. Crianças com pais desempregados, que precisam de comer, de se vestir, de ir para a escola, de ter um casa... diariamente ouço casos de pessoas que não têm dinheiro para comprar comida quanto mais para pagar a renda duma casa, mas o tempo não para e estas crianças vão crescendo, mal ou bem com o que têm, ou com o que não tem... e todos os dias nasce um novo dia e todos os dias os mesmos problemas... as mesmas dificuldades...
Só me dá vontade de chorar...

Não sou culpada destas situações, é verdade, e também não posso deixar-me absorver por tudo o que vejo, cabe-nos a cada um de nós encontrar soluções para nós próprios, é verdade... tudo o que possuo é fruto do meu trabalho e do apoio que sempre tive dos meus pais.
Tenho de me sentir muito feliz com tudo o que tenho, tenho um bem maior, a minha filha que amo acima de tudo e de todos, os meus pais, o meu marido, a minha família, a minha casa, o meu trabalho, todos temos saúde, tenho tudo o que preciso para ser muito feliz!
Mas continua a partir-me o coração ver uma criança com carências... as crianças deviam ter TUDO! Não lhes devia faltar absolutamente nada. Estas crianças (sobre)vivem... crescem, o tempo não para...a vida não para... E não consigo imaginar a "ginástica" que os pais destas crianças fazem para lhes conseguir dar o mínimo para terem uma vida normal...

Continuo a querer  fazer qualquer coisa para ajudar... mas é tão difícil... cada vez é mais difícil...

Eu tenho um sonho, e nesse meu sonho toda a gente tem uma casa digna, com comida na mesa, tem trabalho, tem roupa para vestir, tem água e luz... e a partir daqui é lutar, é manter o que se tem!
Nada aparece de mão beijada,  as pessoas também têm de se esforçar, e esforçar sobretudo pelas crianças, não desistir e lutar, lutar, lutar, contra tudo e todos até conseguirem ser felizes.
Mas há coisas que todos deviam ter.

Neste meu sonho as pessoas VIVEM, não sobrevivem.

Não sei me expliquei muito bem,  mas foi um desabafo.

Desculpem e obrigada.