segunda-feira, 6 de maio de 2013

As mães da minha vida

Avó Dana (mãe do meu avô Toneca)
Avó Vina (mãe da minha mãe e quase minha também)
Mãe Vicência (minha mãe)
Mãe Karol (mãe do meu sobrinho)
Avó Luísa (mãe do meu pai)

Avó Dana, a minha bisavó, a única que conheci e vivi de perto, a velhinha baixinha toda vestida de preto, apoiada numa bengala, doce doce doce para mim. Quando falo ou penso nela, lembro-me automaticamente de 2 episódios, uma nódoa negra que fez nas costas da mão a matar uma vespa contra a parede... ela era uma mulher com M maiúsculo, valente assim destemida! O 2º episódio foi naquela altura em que eu estava naquela idade em que descobri que era giro desenhar nas paredes e resolvi pegar numa caneta de feltro e...  encher-lhe uma das paredes da casa dela cheia de bolas... ela não disse nada, nem me ralhou, pegou num balde de cal (na altura usava-se muito) e tapou as bolas aqui da "artista"! Maravilhosa, e super paciente para comigo, que passava a vida a desatar-lhe o avental!

Avó Luísa, a única avó que tenho ainda com vida, que convivi menos, mas esteve e está sempre lá quando é preciso. Dois dias antes de eu casar, partiu a rótula ... e infelizmente não pôde viver o dia do meu casamento a 100%, assistiu à cerimónia na capela, sentadinha num cadeira de rodas e de perna esticada. Custou-me muito e a ela deve ter-lhe doido a alma, por não participar na festa de casamento da única neta ( tem mais 2 netos, o meu irmão e o meu primo). Espero que viva e continue com a energia que continua aos 85 anos, por muitos anos!!!

Mãe Karol, a mãe que me deu um sobrinho lindo, inteligente, doce, amoroso, amigo, meigo e tantas tantas coisas que eu amo tanto mas tanto, que não consigo descrever, é espetacular, tem 3 anos, nasceu no dia em que o meu bisavô (marido da avó Dana) também fazia anos É uma mãe especial que foi obrigada a crescer muito rapidamente e a vida nem sempre foi amiga dela, mas é uma pessoa de personalidade muito forte e aprendeu a ultrapassar tudo  de cabeça erguida, em algumas situações não sei mesmo onde foi buscar tanta força... tenho um carinho muito grande por ela.

Avó Vina...............................já falei tanto dela aqui.... foi ela quem me fez criar este blog, infelizmente nas vésperas da sua partida para o mundo, onde dizem que toda a gente é feliz...será? Dela tenho tantas, mas tantas histórias para contar... foi ela que tomou conta de mim, quando a minha mãe, depois de me ter voltou ao trabalho... deu-me tanto, mas tanto, fizemos tantas coisas juntas, cresci com ela, ensinou-me tanto, amei-a tanto e continuo... A minha companheira, alinhava em tudo o que lhe pedia... caminhadas, colher fruta, "parteiras" de gatas e cadelas, partidas, sestas, costura, cantorias, mimos, muito miminhos, abracinhos, beijinhos e palavras tão boas que trocamos, mas que sobretudo ouvi dela, o meu amor...

Mãe Vicência, a minha mãe. A pessoa que me acompanhou sempre, me deu tudo o que pôde e que não pôde, que fez de tudo para que eu estivesse sempre feliz, mesmo que ela não estivesse... E eu sempre fui tão arisca, tão refilona, tão senhora do meu nariz... nem sempre a ouvi, e muitas vezes a magoei com palavras que lhe disse... Até há cerca de um ano atrás era-me muito mais fácil contraria-la, enfrentá-la (mesmo quando eu não tinha razão)... ela também já me disse algumas coisas que me magoaram... mas hoje não faz sentido sequer pensar nisso... Depois de ter sido mãe a única coisa que para mim faz sentido é amá-la, amá-la, amá-la... aproveitar todo o tempo com ela, que feita burra não aproveitei até agora! O nascimento da minha filha fez-me perceber muitas coisas que me disse ao longo da vida e atitudes que tomou e que eu na altura não soube entender... hoje entendo, desculpo e se for preciso dou-lhe razão, hoje não me importo tanto com as coisas menos boas que me diz...até hoje quando eu estava a fazer rissóis (pela 2ª vez) e ela me dizia que a massa não estava grande coisa :) ! Hoje rio-me com isto, aqui há uns tempos caia o Carmo e a Trindade!
Ainda bem que eu me modifiquei e hoje consigo amar ainda mais a ela!
Tão boa... é a minha mãe, e acreditem que é uma pessoa muito especial e rara, de quem me orgulho tanto... não há muitas como ela, eu não conheço mais nenhuma.
É simplesmente a MINHA MÃE.

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